12.6.12

 

Em homenagem ao 
Dia dos Namorados, 
uma seleção de 24 minicontos sobre relacionamentos.
Um pra cada mês. 
E estado de espírito.
Para os namorados.
E desnamorados.
Escolha o seu.


Hidrografia do corpo
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Amuleto de mim
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Batida
http://miniconto.blogspot.com.br/search?q=cora%C3%A7%C3%A3o+batendo


"Vim buscar tudo o que é meu"
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“Doce de sal”
http://miniconto.blogspot.com.br/search?q=%E2%80%9CDoce+de+sal%E2%80%9D


A etérea esterilidade do meu desejo eterno e efêmero
http://miniconto.blogspot.com.br/2007_05_01_archive.html


Ponha um pouco mais de de-li-ca-de-za
http://miniconto.blogspot.com.br/search?q=%22ponha+um+pouco%22


A falsa tranquilidade da chama da vela enquanto o Vento não vem
http://miniconto.blogspot.com.br/2010_06_01_archive.html


A vida nova que você me deu
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Anonimato dos afetos escondidos
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“Vim buscar tudo o que é meu II”
http://miniconto.blogspot.com.br/2010/07/vim-buscar-tudo-o-que-e-meu-ii-e.html


Cada um tem seu par
http://miniconto.blogspot.com.br/2006_09_01_archive.html


Casamento II 
http://miniconto.blogspot.com.br/2007_06_01_archive.html


De onde a gente parou
http://miniconto.blogspot.com.br/search?q=De+onde+a+gente+parou


Fio narrativo 
http://miniconto.blogspot.com.br/search?q=Fio+narrativo


Guarde você pra mim
http://miniconto.blogspot.com.br/2008_09_01_archive.html


III – É carnaval em Salvador
http://miniconto.blogspot.com.br/2007_03_01_archive.html


Movimentos Mínimos para Deslocamentos Curtos (MMDC)
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Patologia do trato genital
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Prometo ser fiel
http://miniconto.blogspot.com.br/search?q=Prometo+ser+fiel


Quando a cama quebrou
http://miniconto.blogspot.com.br/search?q=%22quando+a+cama+quebrou%22


Sua saudade não vale um cartão da Telemar
http://miniconto.blogspot.com.br/2007_08_01_archive.html


Tato tem memória
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VAI!
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6.6.12

 

Ponto cego


Escuro.
Tudo em nada.
Nem não-algo pruma palavra que seja.
Esteja aqui.
Desconosco.
Neste território transitório.
Parado em si e longe de si mesmo.
Ensimesmado a vácuo de pura vaziez impossível.
Mas existente.
Resistente!
Onde a vista não alcança.
Onde à vista não se há paga.
Vestida de cansaço e despida de despedidas.
Terra tremida e temida.
Enrugada pele carcomida de carcoma.
Sarcoma comendo o coma em si.
Motricidade sem matriz.
Desfilhada de filiais.
Centrada em canto desencantado.
Sem língua pra boca oca.
Sem mão, demão ou corrimão pros desvãos de ser.
Sem alma pra pouco corpo.
Cem sentidos sentidos em vão.
Escura escuta.
Curra que ex-cura.
Urra!
Prenhe de buraco negro.
Partindo-se em partos faltos de feto.
Fórceps de bípedes bipartidos em mil.
E reunidos em antros desencontrados.
Perdidos e achados.
No nada.

Daqui a única coisa que não se vê é o mundo.

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