29.9.09

 
Desfile


Os modelos, espalhados pela passarela com suas caras e bocas, causaram um verdadeiro frisson.

Enquanto os flashes das câmeras pipocavam abrilhantando ainda mais o espetáculo, jornalistas, fotógrafos, gente do mundinho e curiosos se acotovelavam freneticamente na 1ª fila pra ver esse desfile que foi um dos mais impactantes da temporada, e certamente colocou o Brasil em outro patamar.

As peças, cheias de recortes assimétricos, resgataram a rebeldia dos anos 70, prevalecendo os tons de vermelho berrante, que voltou com tudo. Agora, a ordem, ou melhor, o comando é vermelho.

Como tendência, vimos que a delicadeza e os padrões justinhos ficaram totalmente démodé, sobressaindo o estilo agressivo de cortes soltos, muitas transparências e pouca roupa.

Aliás, haja jornal pra cobrir os corpos despedaçados desses descamisados.

21.9.09

 
O medidor de palavras


Media sempre as palavras, mas mesmo as pequenas não cabiam em si.

15.9.09

 
Palavras cruzadas (correção)


Por uma falha de edição, saiu errada a versão publicada hoje. Segue a correta:

VERTICAIS: 1. Crise; 2. Recessão; 3. Desemprego; 4. Falência; 5. Demissão; 6. Aborto; 7. Separação; 8. Aluguel; 9. Despejo; 10. Fome.

HORIZONTAIS: 1. Briga; 2. Ambulância; 3. Hospital; 4. UTI; 5. Imprensa; 6. Assassinato; 7. Delegacia; 8. Presídio; 9. Suicídio; 10. VOCÊ.

7.9.09

 
MINICONTO
Três anos


Órfão
Como cheguei até aqui
AplauS.O.S.
A incrível arte que eu não tenho de cantar junto uma canção que está tocando no rádio
Cada um tem seu par
A venda
Derrota
Debatendo a cara pra bater
Amuleto de mim
A neurolingüística da casa de papelão
Ex-tamira
Rio
Brasília
Feriados
O silêncio é a gente mesmo demais
Cemitério
Networking
Como é que chama isso aí sem nome?
Receita para um natal feliz
Ano novo, vida velha
Sérgio Sampaio
Sérgio Sampaio II
O prelúdio do dilúvio
Carência
Eu mereço coisa melhor
Três carnavais
I - Escola de Samba Unidos da Desunião
II – Bandeira branca
III – É carnaval em Salvador
O dia em que o Sol sair de novo
Soberba
Você acha que consegue me cansar?
Aeroporcos
─ Que qui cê tem de goró aí? Porque eu não preciso beber pra ficar alegre
“Desvio para o vermelho”
“A minha casa é uma caixa de papelão ao relento”
Roteiro turístico
Bem imóvel
Fudeu!
A etérea esterilidade do meu desejo eterno e efêmero
Carrinho de batida
Casamento II
Casamento I
Casamento 0
Rádio-relógio
Depressão geográfica
PARE DE SOFRER!
Presença de espírito
A queda
Japonês-Hilux
Aeroporcos II
Ônibus
Serpentinas em luto
Equação
A volta da Manu
A volta (ou A vida não é Algodoal)
Sua saudade não vale um cartão da Telemar
O copo
"Vim buscar tudo o que é meu"
O manto úmido da saudade
Recado
Cartão de crédito
“Cai no areal e na hora adversa”
“Doce de sal”
Amostra da mostra
Janela
Finados
Banheiros do Ó
Olhos de ver
Futuro
Cela de menor
Destaque do mês
Batida
A gente não tem natal
Nós somos os seus piores pesadelos
Vamos matar logo esta saudade
Marca
Azulejos
PF & Cia.
Comida
Oração
Normalmente
Horizonte
Horário de verão
O segredo
O segredo II
São São Paulos
Achei que você teve certeza de que tivesse me visto
Contramão
Dengue
1° Encontro Internacional de Desencontros
Casais
Horóscopo
MATA!
Teledoença
Onde se lê
TÁ ASSUSTADO?
Sem miniconto(s)
Não converso com estranhos
Vasos comunicantes
O ganhador
Nascimento
Zuz
Academia da Berlinda*
Sim para não
Operação Solta e Agarra
Batmãe
Essa onda diet que emagrece a vida
Malabares no ar
Olimpíadas do fracasso
Supersuperficial
Encontro
Minicontos fraseados
Guarde você pra mim
Bora pra Borá
Tato tem memória
Ingressos e críticas
O dia em que São Paulo parou
Postinor
Telemarketing
Empregadice
Minicontos fraseados II
Deu tudo certo até começar a dar errado
A gente não se bate muito
A Bienal hoje é um tobogã de emoções
Caixinha de natal
Quando a cama quebrou
Presente de natal
Xadrez de olhar
O que você vai fazer da sua vida agora?
Miséria
À Judas
Melhora
O pedido
O pedido II
11 Pontos de alagamento
O X da xenofobia
O complexo caminho das lágrimas
Ex-comunhão
Os suicidas hereditários
O mundinho pequeníssimo do sr. Ínfimo
Aumento
Inverdade
LAVAMOS
Quer sair?
Há coitados açoitados no trem
Pandemia
Elevador
Nossa igreja está crescendo
Retiro espiritual
Açougueiro de luxo
A testemunha
O cheiro do seu cabelo
De onde a gente parou
En(trave)
Atos secretos
A liberdade que eu tenho pra sonhar
Essential things of Brazil
Vagantes
O povinho do pacote
Lembranças escurecidas pelo tempo

1.9.09

 
Lembranças escurecidas pelo tempo


A cidade ainda estava lá.
Ele não.
Embora estivesse.
Era como se tivesse ficado ou se perdido numa outra cidade. A da sua memória. Com outros lugares, ruas, pessoas, sons, gostos, surpresas, alegrias, lembranças. Desse tempo esvanecido, esperava as mesmas coisas. Mas os dali não esperavam nada dele.
Muito menos que viesse.
Ficasse.
E se mantivesse ali, à espera.
Torcendo por algo que sabia que não aconteceria. E se acontecesse não seria como fora. E se fosse, por que não teria acontecido antes? Por que simplesmente não poderia ter permanecido e vivido ali? Por que a partida e esta volta agora?
Porque ele precisava ver que, não vendo mais o que vira, apagava em si o que na verdade nunca existiu.

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