29.9.11

 

Minicontos fraseados V
(Retrospectiva dos 5 Anos)


Por termos tremor e nos termos inferiores a tudo.

Ainda que os saibamos tortos, os temos por direito, dado pelo voto sem veto de um povo cordial e quieto, brisado na eterna bruma do país do futuro do pretérito.

Bateu na sombra da trave.

Perde-se de si, mesmo sem nunca ter se encontrado.

Resto do resto do que sobrou de vocês (que já não são grande coisa), caminhamos tortos e com cobertores rotos, sempre sem rostos e rotas e arrotando no destino.

Esses dedos me carinhando, com movimentos algebricamente estudados, parecem bem mais do que cinco nos seus quíntuplos desejos escondidos.

Circuncidado de si

Germinando o presente cujo germe roubará teu futuro?

Tenho em mim meu antieu.

Na luta contra mim, me venci me derrotando.

Esperar por alguém que sempre foi um eterno atraso de vida?

Rugas que retardam lágrimas já demoradas.

Descobertos do breu que houvéramos sido, perderíamos a razão e daríamos à luz a sonhos prenhes da energia do que geramos de melhor.


22.9.11

 

Minicontos intitulados II
(Retrospectiva dos 5 anos)


AplauS.O.S.

A incrível arte que eu não tenho de cantar junto uma canção que está tocando no rádio

Debatendo a cara pra bater

Amuleto de mim

Como é que chama isso aí sem nome?

O prelúdio do dilúvio

Escola de Samba Unidos da Desunião

Aeroporcos

A etérea esterilidade do meu desejo eterno e efêmero

Sua saudade não vale um cartão da Telemar

1° Encontro Internacional de Desencontros

Sem miniconto(s)

Zuz

Malabares no ar

Bora pra Borá

Tato tem memória

À Judas

Os suicidas hereditários

O mundinho pequeníssimo do sr. Ínfimo

En(trave)

A liberdade que eu tenho pra sonhar

Morte deliveri

Durante o meio segundo que você leva pra desviar o olhar

A edícula do inferno

A construção da destruição

Noite quente pra sonhos fumegantes

Só ao redor de si

A falsa tranquilidade da chama da vela enquanto o Vento não vem

Defesa imundológica

So(i)sLaio

O abraço do taxidermista

Hidrografia do corpo

Leviatã pra viagem

Ré-nuncia

Refundação do abismo

O alvo é a paz

Vazamento de vida

Procura(dor)ia


14.9.11

 

Minicontos fraseados IV
(Retrospectiva dos 5 Anos)


Tudo o que passa diante dos meus olhos me cega.

Petrificar mais a pedra que esse coração virar.

Fazer das tripas coração para que o coração seja cada vez mais tripa e menos coração.

Transformar os mais sangrentos boletins de ocorrência em canções de ninar.

O que, sentido, grava-se na pele e pode ser lido em braile.

Media sempre as palavras, mas mesmo as pequenas não cabiam em si.

HORIZONTAIS: 1. Briga; 2. Ambulância; 3. Hospital; 4. UTI; 5. Imprensa; 6. Assassinato; 7. Delegacia; 8. Presídio; 9. Suicídio; 10. VOCÊ.

Pílulas do dia seguinte tomadas quase todos os dias.

Abortos a céu aberto.

Noites sumidas com gente desencontrada.

E o grande ápice: conseguir transformar uma droga de vida numa vida que é só droga.

A cartela vazia de calmante dormindo feliz no chão por não ter precisado esperar dar meia-noite.

Antes não cabíamos em si de tanto descabimento.

Minha consciência não está à venda. E nem a venda está em mim.

Cada um tem o para-raios que merece.


6.9.11

 

MINICONTO
CINCO ANOS


Órfão

Como cheguei até aqui

AplauS.O.S.

A incrível arte que eu não tenho de cantar junto uma canção que está tocando no rádio

Cada um tem seu par

A venda

Derrota

Debatendo a cara pra bater

Amuleto de mim

A neurolingüística da casa de papelão

Ex-tamira

Rio

Brasília

Feriados

O silêncio é a gente mesmo demais

Cemitério

Networking

Como é que chama isso aí sem nome?

Receita para um natal feliz

Ano novo, vida velha

Sérgio Sampaio

Sérgio Sampaio II

O prelúdio do dilúvio

Carência

Eu mereço coisa melhor

Três Carnavais

I - Escola de Samba Unidos da Desunião

II – Bandeira branca

III – É carnaval em Salvador

O dia em que o Sol sair de novo

Soberba

Você acha que consegue me cansar?

Aeroporcos

─ Que qui cê tem de goró aí? Porque eu não preciso beber pra ficar alegre

“Desvio para o vermelho”

“A minha casa é uma caixa de papelão ao relento”

Roteiro turístico

Bem imóvel

Fudeu!

A etérea esterilidade do meu desejo eterno e efêmero

Carrinho de batida

Casamento II

Casamento I

Casamento 0

Rádio-relógio

Depressão geográfica

PARE DE SOFRER!

Presença de espírito

A queda

Japonês-Hilux

Aeroporcos II

Ônibus

Serpentinas em luto

Equação

A volta da Manu

A volta (ou A vida não é Algodoal)

Sua saudade não vale um cartão da Telemar

O copo

"Vim buscar tudo o que é meu"

O manto úmido da saudade

Recado

Cartão de crédito

“Cai no areal e na hora adversa”

“Doce de sal”

Amostra da mostra

Janela

Finados

Banheiros do Ó

Olhos de ver

Futuro

Cela de menor

Destaque do mês

Batida

A gente não tem natal

Nós somos os seus piores pesadelos

Vamos matar logo esta saudade

Marca

Azulejos

PF & Cia.

Comida

Oração

Normalmente

Horizonte

Horário de verão

O segredo

O segredo II

São São Paulos

Achei que você teve certeza de que tivesse me visto

Contramão

Dengue

1° Encontro Internacional de Desencontros

Casais

Horóscopo

MATA!

Teledoença

Onde se lê

TÁ ASSUSTADO?

Sem miniconto(s)

Não converso com estranhos

Vasos comunicantes

O ganhador

Nascimento

Zuz

Academia da Berlinda*

Sim para não

Operação Solta e Agarra

Batmãe

Essa onda diet que emagrece a vida

Malabares no ar

Olimpíadas do fracasso

Supersuperficial

Encontro

Minicontos fraseados

Guarde você pra mim

Bora pra Borá

Tato tem memória

Ingressos e críticas

O dia em que São Paulo parou

Postinor

Telemarketing

Empregadice

Minicontos fraseados II

Deu tudo certo até começar a dar errado

A gente não se bate muito

A Bienal hoje é um tobogã de emoções

Caixinha de natal

Quando a cama quebrou

Presente de natal

Xadrez de olhar

O que você vai fazer da sua vida agora?

Miséria

À Judas

Melhora

O pedido

O pedido II

11 Pontos de alagamento

O X da xenofobia

O complexo caminho das lágrimas

Ex-comunhão

Os suicidas hereditários

O mundinho pequeníssimo do sr. Ínfimo

Aumento

Inverdade

LAVAMOS

Quer sair?

Há coitados açoitados no trem

Pandemia

Elevador

Nossa igreja está crescendo

Retiro espiritual

Açougueiro de luxo

A testemunha

O cheiro do seu cabelo

De onde a gente parou

En(trave)

Atos secretos

A liberdade que eu tenho pra sonhar

Essential things of Brazil

Vagantes

O povinho do pacote

Lembranças escurecidas pelo tempo

Palavras cruzadas (correção)

O medidor de palavras

Desfile

Minicontos fraseados III

Malabares no ar II

Malabares no ar III

Morte deliveri

Minicontos intitulados

Na falta de um bom título

Durante o meio segundo que você leva pra desviar o olhar

Hérnia de disco

A edícula do inferno

"Abacaxizinho de Natal"

Vaca homeopática

11 Pontos de alagamento II

Essa doença

Essa doença II

20 anos depois

A construção da destruição

"Mendigos serão sempre necessários"*

São Paulo Féchiom Uíqui

Absurdamente feliz!!!!!!

Prometeu acorrentado

Noite quente pra sonhos fumegantes

Figurantes principais

(Só)lilóquio

A vida nova que você me deu

“A tua santa tá querendo te enlouquecer"

FILOSOFIA DA EMPRESA

Queria o quê?

O desfragmentador

Ressonâncias magnéticas e eletrônicas

Não há mais paisagens no fundo do mar

Não é por aí

Só ao redor de si

“Vanessa, tire o véu da inocência”*

Supra-sumo

A falsa tranquilidade da chama da vela enquanto o Vento não vem

Defesa imundológica

So(i)sLaio

A cor do derramamento

Val-de-Cans

Vim buscar tudo o que é meu II

Fio narrativo

O abraço do taxidermista

Hidrografia do corpo

Tópy Méloddy

Bíblia

O colecionador

Banquete na Nova Higienópolis

ESTREIA OFICIAL DO MINICONTO - LADO B

Megaplégica

Cela de menor II

Agora eu me sinto assim

Vendem-se (no estado em que se encontram*)

Prometo ser fiel

Finados

A sombra da minha sombra

Leviatã pra viagem

“Dos seios de ‘Juliana’ ainda jorram leite”*

Parada de Lucas

MakLeys Cabeleireiros

11 Pontos de alagamento III

Luzinhas

Lugares

O poeta n.° 2

Lixo extra e ordinário

Ingrato grão

Ré-nuncia

VirtuAll

Refundação do abismo

Movimentos Mínimos para Deslocamentos Curtos (MMDC)

Busca e apreensão

Patologia do trato genital

Japão em 5 Tempos

I – Terremoto

II – Tsunami

III - Radiação

IV - Comboio decasségui

V – Os que sobramos

Pessoa do povo

O alvo é a paz

Família feliz (vende-se)

Brincando de devassa

Brincando de Bukowski

Natal polar

Bulingui

Dia dos Namorados

Ponha um pouco mais de de-li-ca-de-za

Vazamento de vida

Verniz saje

VAI!

Construdestruição

Construdestruição II

Captação híbrida

Isso

Programa de índio (ou Quase um Minifato)

Procura(dor)ia

UFC no metrô

Vida encapsulada

Morte Futebol Clube


 

Morte Futebol Clube


Nosso time treme.

Diante dos adversários, da bola, de si mesmo e, muito mais, diante de nós.

Nossa torcida-gangue-sangue organizada não só torce, mas contorce e retorce a ética do eX-porte, o porte de armas e o pescoço dos adversários e até dos jogadores do nosso time, se eles não honrarem a camisa.

Por honrar a camisa entendemos ir aos jogos a qualquer custo, não importando o custo de vida ou das vidas dos rivais, que pra nós não valem nada.

Rivais que, se vacilarem, vão parar dentro do rio ou abaixo do gramado (se a grama tá ruim é por causa desses espíritos de porco enterrados lá).

E que eles não venham nos assombrar com seus gritos de guerra, falta de escrúpulos, malas pretas, olhos roxos, penalidades máximas e Q.I.s mínimos.

Temos gana de vencer, sanha de perder e sede de poder: poder tudo contra todos. E todos contra um.

Nesse jogo, quem joga o trigo no joio não julga que joga a favor do próprio jugo.


5.9.11

 

Minifato XXXI
(a realidade goleando a ficção)


Severina Maria da Silva, 44, lavradora, confessou ter mandado matar o pai e foi absolvida por unanimidade pelo júri popular.
Ela engravidou 12 vezes do pai, que a violentava desde os nove anos.
O crime aconteceu em 2005, na cidade de Caruaru (PE), quando Severina descobriu que ele pretendia violentar uma das filhas dos dois, então com oito anos.
Disse ao júri que não suportaria ver a filha passar pelo mesmo drama que viveu.


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