28.9.15
Eles
Eles já foram pra Marte e construíram mansões lá e as
entupiram de caríssimas putas tailandesas que gozam ao ver os bilhões que eles roubam
todos os anos de nós, mas insistem que não há um mísero desgraçado fora da
Terra.
Eles inventaram a cura de todos os cânceres do mundo e continuam
enchendo o rabo da indústria farmacêutica de dinheiro pra provar que ganância
não tem remédio.
Eles defendem que existem família, parentes, amigos e Dia do
Escroto-mor Que Às Vezes Até Manda Um WhatsApp Pra Você e esta porra toda pra nos
endividar com presentes inúteis e nos deixar sempre em débito com eles e conosco.
Eles operam na bolsa e sobem a bolsa e descem a bolsa e
falam que a crise se reflete na bolsa e fingem que são anjinhos, enquanto as mães
deles rodam bolsinhas por aí e nós rodamos em bolsões de pobreza.
Eles urram ideais de ecologia e criam ONGs e ônus e ONUs presididas
por FDPs que usam LSD e peidam CO2 em quantidade suficiente pra inalarmos
chorumes piores que nosso QI.
Eles, sempre eles.
15.9.15
O X da Xenofobia II
De onde viemos, pouco importa pra onde vamos, já que partir
é muito mais importante que ficar.
Na bagagem (que não temos) levamos só o que restou dos
nossos corpos mal despachados e sem identificação.
A pátria que nos deu um nome o roubou quando se viu perdida
nessa situação inominável. Fizemos um pacto: já que fomos esquecidos, a
enterramos em nossa memória antes que ela nos enterre pra sempre.
Mesmo assim, sabemos que ao chegar, se chegarmos, seus cães farejadores
adivinharão a bandeira dela em nossa testa, como um Canal da Mancha manchado de
sangue tipo O proibitivo.
E seus policiais mirarão cabeças boiando na linha tênue que separa
o mar do amargor.
Ou pior: suas cinegrafistas, num verdadeiro drible de porco,
registrarão a rasteira da história.
Mas ainda estamos longe: após centenas de corpos caídos,
jogados ou regurgitados aqui, aí, daí, dali, por aí e acolá nesse tsunami
social, está acabando nosso prazo de terra à vista.
6.9.15
MINICONTO
NOVE
ANOS
Órfão
Como cheguei até aqui
AplauS.O.S.
A incrível arte que eu não tenho
de cantar junto uma canção que está tocando no rádio
Cada um tem seu par
A venda
Derrota
Debatendo a cara pra bater
Amuleto de mim
A neolinguística da casa de
papelão
Ex-tamira
Rio
Brasília
Feriados
O silêncio é a gente mesmo demais
Cemitério
Networking
Como é que chama isso aí sem
nome?
Receita para um natal feliz
Ano novo, vida velha
Sérgio Sampaio
Sérgio Sampaio II
O prelúdio do dilúvio
Carência
Eu mereço coisa melhor
Três Carnavais
I - Escola de Samba Unidos da
Desunião
II – Bandeira branca
III – É carnaval em Salvador
O dia em que o Sol sair de novo
Soberba
Você acha que consegue me cansar?
Aeroporcos
─
Que qui cê
tem de goró aí? Porque eu não preciso beber pra ficar alegre
“Desvio para o vermelho”
“A minha casa é uma caixa de
papelão ao relento”
Roteiro turístico
Bem imóvel
Fudeu!
A etérea esterilidade do meu
desejo eterno e efêmero
Carrinho de batida
Casamento II
Casamento I
Casamento 0
Rádio-relógio
Depressão geográfica
PARE DE SOFRER!
Presença de espírito
A queda
Japonês-Hilux
Aeroporcos II
Ônibus
Serpentinas em luto
Equação
A volta da Manu
A volta (ou A vida não é
Algodoal)
Sua saudade não vale um cartão da
Telemar
O copo
"Vim buscar tudo o que é
meu"
O manto úmido da saudade
Recado
Cartão de crédito
“Cai no areal e na hora adversa”
“Doce de sal”
Amostra da mostra
Janela
Finados
Banheiros do Ó
Olhos de ver
Futuro
Cela de menor
Destaque do mês
Batida
A gente não tem natal
Nós somos os seus piores
pesadelos
Vamos matar logo esta saudade
Marca
Azulejos
PF & Cia.
Comida
Oração
Normalmente
Horizonte
Horário de verão
O segredo
O segredo II
São São Paulos
Achei que você teve certeza de
que tivesse me visto
Contramão
Dengue
1° Encontro Internacional de
Desencontros
Casais
Horóscopo
MATA!
Teledoença
Onde se lê
TÁ ASSUSTADO?
Sem miniconto(s)
Não converso com estranhos
Vasos comunicantes
O ganhador
Nascimento
Zuz
Academia da Berlinda*
Sim para não
Operação Solta e Agarra
Batmãe
Essa onda diet que emagrece a
vida
Malabares no ar
Olimpíadas do fracasso
Supersuperficial
Encontro
Minicontos fraseados
Guarde você pra mim
Bora pra Borá
Tato tem memória
Ingressos e críticas
O dia em que São Paulo parou
Postinor
Telemarketing
Empregadice
Minicontos fraseados II
Deu tudo certo até começar a dar
errado
A gente não se bate muito
A Bienal hoje é um tobogã de
emoções
Caixinha de natal
Quando a cama quebrou
Presente de natal
Xadrez de olhar
O que você vai fazer da sua vida
agora?
Miséria
À Judas
Melhora
O pedido
O pedido II
11 Pontos de alagamento
O X da xenofobia
O complexo caminho das lágrimas
Ex-comunhão
Os suicidas hereditários
O mundinho pequeníssimo do sr.
Ínfimo
Aumento
Inverdade
LAVAMOS
Quer sair?
Há coitados açoitados no trem
Pandemia
Elevador
Nossa igreja está crescendo
Retiro espiritual
Açougueiro de luxo
A testemunha
O cheiro do seu cabelo
De onde a gente parou
En(trave)
Atos secretos
A liberdade que eu tenho pra
sonhar
Essential things of Brazil
Vagantes
O povinho do pacote
Lembranças escurecidas pelo tempo
Palavras cruzadas (correção)
O medidor de palavras
Desfile
Minicontos fraseados III
Malabares no ar II
Malabares no ar III
Morte deliveri
Minicontos intitulados
Na falta de um bom título
Durante o meio segundo que você
leva pra desviar o olhar
Hérnia de disco
A edícula do inferno
"Abacaxizinho de Natal"
Vaca homeopática
11 Pontos de alagamento II
Essa doença
Essa doença II
20 anos depois
A construção da destruição
"Mendigos serão sempre
necessários"*
São Paulo Féchiom Uíqui
Absurdamente feliz!!!!!!
Prometeu acorrentado
Noite quente pra sonhos
fumegantes
Figurantes principais
(Só)lilóquio
A vida nova que você me deu
“A tua santa tá querendo te
enlouquecer"
FILOSOFIA DA EMPRESA
Queria o quê?
O desfragmentador
Ressonâncias magnéticas e
eletrônicas
Não há mais paisagens no fundo do
mar
Não é por aí
Só ao redor de si
“Vanessa, tire o véu da
inocência”*
Supra-sumo
A falsa tranquilidade da chama da
vela enquanto o Vento não vem
Defesa imundológica
So(i)sLaio
A cor do derramamento
Val-de-Cans
Vim buscar tudo o que é meu II
Fio narrativo
O abraço do taxidermista
Hidrografia do corpo
Tópy Méloddy
Bíblia
O colecionador
Banquete na Nova Higienópolis
ESTREIA OFICIAL DO MINICONTO -
LADO B
Megaplégica
Cela de menor II
Agora eu me sinto assim
Vendem-se (no estado em que se
encontram*)
Prometo ser fiel
Finados
A sombra da minha sombra
Leviatã pra viagem
“Dos seios de ‘Juliana’ ainda
jorram leite”*
Parada de Lucas
MakLeys Cabeleireiros
11 Pontos de alagamento III
Luzinhas
Lugares
O poeta n.° 2
Lixo extra e ordinário
Ingrato grão
Ré-nuncia
VirtuAll
Refundação do abismo
Movimentos Mínimos para
Deslocamentos Curtos (MMDC)
Busca e apreensão
Patologia do trato genital
Japão em 5 Tempos
I – Terremoto
II – Tsunami
III - Radiação
IV - Comboio decasségui
V – Os que sobramos
Pessoa do povo
O alvo é a paz
Família feliz (vende-se)
Brincando de devassa
Brincando de Bukowski
Natal polar
Bulingui
Dia dos Namorados
Ponha um pouco mais de
de-li-ca-de-za
Vazamento de vida
Verniz saje
VAI!
Construdestruição
Construdestruição II
Captação híbrida
Isso
Programa de índio (ou Quase um
Minifato)
Procura(dor)ia
UFC no metrô
Vida encapsulada
Morte Futebol Clube
Minicontos fraseados IV
(Retrospectiva dos 5 Anos)
Minicontos intitulados II
(Retrospectiva dos 5 anos)
Minicontos fraseados V
(Retrospectiva dos 5 Anos)
Exercício diário de desapego
Minicontos fraseados VI
(Retrospectiva dos 5 Anos)
Lixo hospitalar
Texto proibido para quem ainda
tem esperança
Órfão II
Cracrolândia espalhada
Titanic mon amour
Buquê SP
Palace 3
Cerveja-almoço
Copromancia
Buquê SP II
Vá-te!
A menor roda gigante do mundo*
Quando a lágrima é maior do que a
capacidade
Aí Cai
Paleontólogo amador
Tudo certo
Anonimato dos afetos escondidos
Razão-Ração
Greve no metrô
Ponto cego
Libertadores (Uma final à la
timão)
Transformação
Autobiofagia
Ufa(!)nismo
NÃO10000000000000000000000000000000000000000000000000000000001
UHUlysses
Moeda de troca
Ré-curso
E-books, e-readers e e-erros
Ali os alicerces de Alice
Maison Favelas de Fogo
Drible do vácuo
dEXtino
Realize (Móveis Planejados)
Brinquedinho de armar-amar-matar
Finados
VEJA o homem da cabra
Cidade Execução
Reacionariozinho Bonsai
Conflito de gerações
Passar o Passat
(Em)possai!
Fim do mUNDO
Alternativas para escrever um
conto de Natal
Ponte de safena
Sem tópico
Horroróscopo
Cricrítica
A fundação da cidade
UFC Romênia
Aluada I
Aluada II
Tá Tu
Passageiro
Desperta!
Ré-cear
Que bom quando você deixa uma boa
impressão
Hai quase
Entrevistas de desdesemprego
Aliteração gastronômica
Parto partido
G(PS)
Noticiário
Heróis com heroína
Temporal
Seguro Total Ltda.
A mão do Papa à mão de Dilma
Fragrante
Capitu lar
Microrresumo de um provável
miniconto
Casal moderno
Dialética da xenofobia crônica
Votos secretos
Sinsinata
Late, fundiário
Fran dá entrevista
Homem-seta
Teleguiado
A fundação de si
Nota de Repúdio
Facevida
Reinaldo Milhão - Leiloeiro
oficial
Eu te amo
Idade das Trevas
O olho ruim da Ritinha
Os postes
Selfie sofre
Seleção natural
Projétil de vida
Eu era o Pateta
Acerto errado
Autógrafo sem data
Com este botão acaba tudo
Linha imaginária VIP
Poses e posses
UTI
Chocolate amargo
Davids da vida
Fiz uma sopinha pra ele comer
Tudo daqui
Rosa dos ventos
Testamento
Reclama
o autor
Transformação
na TV
Particularidades
Cesta
de Natal
Formulário
de emprego
Dicionário
alternativo
Baixa-ajuda
Insônia
Ninguém
taí pra nada
O
Amor É Uma Coisa Quentinha
Às vésperas de nascimento de bebê real, Kate Middleton vai às
compras
Mirante
do ódio
Filipinas
importadas ganham até R$ 2.000 como babá no Brasil
Tempos inverbais
Alta
estrada
Aeroporto
Dia
de faxinar sonhos
Levitação
Sommelier de catástrofes