14.11.06
Brasília
O que pode o meu poder?
Pode tudo. Pode transformar a lei de diretrizes orçamentárias em lei de meretrizes ordinárias que nenhuma CPI vai revelar a “comissão” que acontece por baixo do pano nessa comissão que brilha na mídia, mas chafurda na merda.
Pode controlar esse país sem pais e sem babás e mostrar que é baba politicar dando tapinhas nas costas e escorrendo veneno nas babas do fogo amigo.
Pode gerir ingerências, incongruências e indecências jamais vistas ou imaginadas, pois não há cláusulas de barreiras que impeçam a usura tão usual nessas usurpações que fazem todo veto virar um voto torto.
Pode mostrar que a cada segundo acontece um mensalão e que não há medida provisória que meça a infinita extensão dessa corrupção que descobre a nação desde o descobrimento.
O que deve o meu poder?
Deve algo que a imprensa finge denunciar inventando escândalos e dossiês nada dóceis, mas que não amargam minha vida.
Deve enriquecer-me acima de tudo.
E mostrar que quem deve não treme.
O que pode o meu poder?
Pode tudo. Pode transformar a lei de diretrizes orçamentárias em lei de meretrizes ordinárias que nenhuma CPI vai revelar a “comissão” que acontece por baixo do pano nessa comissão que brilha na mídia, mas chafurda na merda.
Pode controlar esse país sem pais e sem babás e mostrar que é baba politicar dando tapinhas nas costas e escorrendo veneno nas babas do fogo amigo.
Pode gerir ingerências, incongruências e indecências jamais vistas ou imaginadas, pois não há cláusulas de barreiras que impeçam a usura tão usual nessas usurpações que fazem todo veto virar um voto torto.
Pode mostrar que a cada segundo acontece um mensalão e que não há medida provisória que meça a infinita extensão dessa corrupção que descobre a nação desde o descobrimento.
O que deve o meu poder?
Deve algo que a imprensa finge denunciar inventando escândalos e dossiês nada dóceis, mas que não amargam minha vida.
Deve enriquecer-me acima de tudo.
E mostrar que quem deve não treme.