6.3.07
II – Bandeira branca
À Vera de Joanópolis
Merda de cidadezinha de bosta onde eu fui me meter. Tanto lugar para morar e eu aqui, enfurnada nesse fim de mundo e vendo as rugas cicatrizarem meu rosto. Cada risco que aparece é como se fosse um pretendente a menos.
Não posso mais
Onde as pessoas bebem e fumam como doidas porque não têm mais nada pra fazer. Onde até espirro vira assunto de fofoca. Que saudade dos tempos em que era jovem e desejada. Todos me tiravam pra dançar e eu ainda dava fora em vários.
Saudade, dor que dói demais
Hoje sou eu que não tenho coragem de convidar ninguém pra dançar nesse baile de carnaval. E olha que a banda está cantando até as músicas do meu tempo. Recordações que invadem minha memória e atravessam meu coração como flecha.
Pela saudade que invade
E pra piorar estão tocando a música que eu mais gostava. Dava minha vida só pra dançá-la com alguém. Alguém que me fizesse lembra que ainda estou viva. Podia pedir pra aquele senhor ali, mas...
Eu peço paz
Não posso mais
Onde as pessoas bebem e fumam como doidas porque não têm mais nada pra fazer. Onde até espirro vira assunto de fofoca. Que saudade dos tempos em que era jovem e desejada. Todos me tiravam pra dançar e eu ainda dava fora em vários.
Saudade, dor que dói demais
Hoje sou eu que não tenho coragem de convidar ninguém pra dançar nesse baile de carnaval. E olha que a banda está cantando até as músicas do meu tempo. Recordações que invadem minha memória e atravessam meu coração como flecha.
Pela saudade que invade
E pra piorar estão tocando a música que eu mais gostava. Dava minha vida só pra dançá-la com alguém. Alguém que me fizesse lembra que ainda estou viva. Podia pedir pra aquele senhor ali, mas...
Eu peço paz