23.5.07

 
A etérea esterilidade do meu desejo eterno e efêmero

Ainda que você seja tudo o que eu mais quero para mim agora, esse agora já é passado.

Tão passado quanto meu pensamento que a atraía, quanto minha imaginação que a endeusava e quanto meu olhar que a seguia até o infinito e que hoje não faz a nuca girar um milímetro sequer.

Porque um querer que já se sabe desquerer daqui a pouco, nunca vai arriscar-se gostar, precipitar-se paixão ou aventurar-se amor, essa palavrinha tão mágica que você adora repetir e cujo significado eu nunca soube.

Sei, porém, que quanto mais você me quer, mais me afasto de você pelo simples fato de não entender como uma pessoa pode amar alguém que não ama ninguém, nem a si próprio.

Mas louvo sua louvação por mim e sua luta incansável para descongelar um coração que seria mais útil como pedra de gelo no copo onde afogará suas mágoas.

E, por mais que a magoe, me perdoe desde já.

Tudo o que eu mais queria era querê-la para sempre.


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