22.8.07

 
Sua saudade não vale um cartão da Telemar


Seu pulso não bate na mesma freqüência do meu coração que já cansou de pulsar.

Assim não fosse, os milhares de quilômetros de fios que me distanciam de você se renderiam ao fato de que não há distância, tempo ou dinheiro quando se quer alguém de verdade.

Porque sua voz, ainda que esteja como um timbre na minha memória (como tudo de você), precisa de novo alimentar o vício desses ouvidos que se acostumaram com ela e agora nada mais querem além do silêncio.

O mesmo silêncio mudo, surdo, cego e burro desse aparelho que não se toca e toca pra eu trocar a letargia por algum fio de esperança.

Esperança de ouvi-la de novo, já que vê-la seria pedir demais, embora mais de você nunca seja muito.

E porque nesta casa tão cheia de vazios, sua lembrança me faz recordar de que no mundo ainda tinha alguém que ligava pra mim.

E de um tempo em que a vida não me dava sinal de ocupado.

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