18.9.07
O manto úmido da saudade
A mesma companhia que lhe falta agasalha-a com a solidão.
Pois se as lembranças e os momentos quentes andam frescos na memória, a saudade, com sua imobilidade contínua, petrifica um coração que agora é só gelo.
Um pouco de sol poderia aquecê-lo e degelá-lo, não tivesse você se trancafiado no porão sem portas da tristeza.
Lá, vazio de si e cheio de nada, anseia pelo contato de alguém cuja ausência se faz cada vez mais presente.
Um presente de futuro um tanto incerto, geminado que está num passado germinado na ilusão.
Teria vontade de mudar isso, se ainda conseguisse ter vontades.
Ou se a única vontade que tivesse não fosse justamente a de não ter vontade nenhuma.
A mesma companhia que lhe falta agasalha-a com a solidão.
Pois se as lembranças e os momentos quentes andam frescos na memória, a saudade, com sua imobilidade contínua, petrifica um coração que agora é só gelo.
Um pouco de sol poderia aquecê-lo e degelá-lo, não tivesse você se trancafiado no porão sem portas da tristeza.
Lá, vazio de si e cheio de nada, anseia pelo contato de alguém cuja ausência se faz cada vez mais presente.
Um presente de futuro um tanto incerto, geminado que está num passado germinado na ilusão.
Teria vontade de mudar isso, se ainda conseguisse ter vontades.
Ou se a única vontade que tivesse não fosse justamente a de não ter vontade nenhuma.