7.10.08
Tato tem memória
A palma da mão que sua e é sua espelha e espalha nos poros as lembranças que afago de você.
Melhor que a memória, ela guarda e aguarda o formato do seu corpo e sente saudade dos toques a toque de caixa que se encaixavam nos seus vãos e desvãos.
Mas constata que não tem mais seu contato, e que as linhas desse contrato rompido parecem agora tão desalinhadas quanto às da mão que se cruzam e se perdem sem direção.
Fria, não irradia mais o calor da sua presença e a ciência dela, professora de lugares e acidentes geográficos que ela não se cansava de percorrer, explorar e implorar.
Quase sem função, tenta permanecer inerte, à espera do ato e do tato, tanto quanto pode opor-se a algo cuja existência depende simbioticamente da sua essência.
Sem nada sobre e sob sua palma, queda-se em queda livre, obrigada que está a viver em torno dos seus contornos.
E no desencontro dessa via de mão única, resiste a abrir mão de quem a deixou de mãos vazias e quebrou o trato desse tato.
A palma da mão que sua e é sua espelha e espalha nos poros as lembranças que afago de você.
Melhor que a memória, ela guarda e aguarda o formato do seu corpo e sente saudade dos toques a toque de caixa que se encaixavam nos seus vãos e desvãos.
Mas constata que não tem mais seu contato, e que as linhas desse contrato rompido parecem agora tão desalinhadas quanto às da mão que se cruzam e se perdem sem direção.
Fria, não irradia mais o calor da sua presença e a ciência dela, professora de lugares e acidentes geográficos que ela não se cansava de percorrer, explorar e implorar.
Quase sem função, tenta permanecer inerte, à espera do ato e do tato, tanto quanto pode opor-se a algo cuja existência depende simbioticamente da sua essência.
Sem nada sobre e sob sua palma, queda-se em queda livre, obrigada que está a viver em torno dos seus contornos.
E no desencontro dessa via de mão única, resiste a abrir mão de quem a deixou de mãos vazias e quebrou o trato desse tato.