15.6.09

 
De onde a gente parou


De onde a gente parou, não dava pra ver, sentir, ouvir, falar ou adivinhar se era mesmo o fim ou só uma pausa. Mero obstáculo. Retomada pra voltar com energia revigorada. Menos problemas. Mais soluções. Menos brigas. Mais paciência. Novas formas de convivência. Novos sonhos. Nova vida.

De onde a gente parou, tava nublado, mas apesar do frio aquecia-nos um sereno de esperança de que o coração ia se derreter um dia. Quebrar o gelo. Pulsar de novo. Não como antes, claro. Seria pedir demais. Mas pelo menos o suficiente pra nossas mãos sentirem (sim, algo em nós voltaria a sentir) umas leves e espaçadas batidas.

De onde a gente parou, conseguíamos ver vultos que não al─can─çá─va─mos o que eram ─ acostumados que estávamos a não sairmos de nós ─, embora os temêssemos por nos sabermos menores que eles. Por termos tremor e nos termos inferiores a tudo. E pensar que antes não cabíamos em si de tanto descabimento.

De onde a gente parou, até dava pra continuar, mas não há volta.

Comments: Postar um comentário



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?