5.10.09
Minicontos fraseados III
Resolvi abrir a janela de novo.
A cartela vazia de calmante dormindo feliz no chão por não ter precisado esperar dar meia-noite.
Pílulas do dia seguinte tomadas quase todos os dias.
Ontem estava melhor. Surgiu até uma ligeira vontade de falar com alguém.
Abortos a céu aberto.
Quando a cama quebrou, eu e você não tínhamos nos despedaçado ainda.
Cursinhos que nunca a colocaram em curso.
A mão que apóia a cabeça sente mais o peso do desânimo do que da cabeça.
Noites sumidas com gente desencontrada.
Esta caixinha não é de natal. Ela é minha vontade de transformá-la no seu caixão.
E o grande ápice: conseguir transformar uma droga de vida numa vida que é só droga.
Cumprimentou a mão que estendi como quem pega em cocô.
E gente da nossa casta não gosta de ver pessoas dessa casca.
Encostas foram feitas para serem desencostadas, e se casas são soterradas, a falha é desses encostados que não procuram lugar decente pra viver.
Cada um tem o para-raio que merece.
Resolvi abrir a janela de novo.
A cartela vazia de calmante dormindo feliz no chão por não ter precisado esperar dar meia-noite.
Pílulas do dia seguinte tomadas quase todos os dias.
Ontem estava melhor. Surgiu até uma ligeira vontade de falar com alguém.
Abortos a céu aberto.
Quando a cama quebrou, eu e você não tínhamos nos despedaçado ainda.
Cursinhos que nunca a colocaram em curso.
A mão que apóia a cabeça sente mais o peso do desânimo do que da cabeça.
Noites sumidas com gente desencontrada.
Esta caixinha não é de natal. Ela é minha vontade de transformá-la no seu caixão.
E o grande ápice: conseguir transformar uma droga de vida numa vida que é só droga.
Cumprimentou a mão que estendi como quem pega em cocô.
E gente da nossa casta não gosta de ver pessoas dessa casca.
Encostas foram feitas para serem desencostadas, e se casas são soterradas, a falha é desses encostados que não procuram lugar decente pra viver.
Cada um tem o para-raio que merece.