19.1.10

 
A construção da destruição

“...esfalfado arfar sobre o asfalto
falto de ar...”
Mário Chamie


Não há caminho, não. E, pros que desistem do descaminho, também não há desistência. Eles apagam as pegadas e tudo mais que possa significar algum passado. “Se não há futuro, pra que passado?”, dizem presentemente ausentes. Talvez estejam certos e nós, errados de novo. Voltar é impossível. Os que teimam em não continuar a descontinuação ficam aí jogados. Quede vala que os valham? Muitos mutuamente mutuando-se à morte. Cena desnecessária. Como tudo aqui. Pelo menos não precisam se preocupar com seus pertences, que não há. O que destinham foi-se. É, o não predomina aqui. Se houves(s)e “se” a gente até poderia tentar. Mas quando? E pra quê? Deixam não. Não sobraram nem as sobras. E nossas sombras foram embora.

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