20.6.10

 
So(i)sLaio


Que outro caminho seguir se não consegues desviar a vista da tua sina?

Como podes desejar outra sorte senão a que te espera em tortuosa linha reta?

Se, de soslaio, vês obliquamente as mesmas vias que não vias? Se a diante tens só a meia lua que rapidamente cai prenunciando um crepúsculo antecipado de ti? Se aniversarias germinando o presente cujo germe roubará teu futuro? Dize como, como, como fugir?

Não!!!

Deverias já saber. Qual clarão que se apaga nesta noite tão fria, lampejas o flash do que ficará retratado na memória de todos que brevemente te esquecerão (na muito improvável hipótese de terem lembrado um dia...).

Esperavas mais? Que soberba. Esperançavas ainda?? Que tolice! Esperneavas bravamente??? Que barata bravata!!!

Sim! Dirija-te logo ao começo do teu fim. Digira-te a ti próprio. Engula a gula de tua voracidade. Preste mais atenção em tua peste!

Em teu duplo unificado e mortificado, sois só e sois só o Laio de ti.

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