7.7.10

 
Val-de-Cans


Embaixo da sombra-refrescante-do-sol-forte-já-quase-chuva-diária-de-Belém, paro, espero e penso.

Por isso me pagam o dobro: ao contrário dos outros, eu penso. Enquanto miro o sujeito, peço um tacacá. Jambu-formigando-na-língua-mais-que-dedo-no-gatilho.

O cara dobrou sete esquinas sem olhar pra trás. Vai ser fácil. É do tipo que anda de mãos-dadas-com-a-própria-sombra.

Se faço só pela grana? Não. Só aceito quando o infeliz merece. Quando não falam o podre, pesquiso. Esse foi bem difícil. Pai de família. Duas faculdades. 985 amigos. 3.579 recados e 788 fotos roladas no Orkut sem descobrir nada. Tava quase desistindo. Até que... Churrasquinho inocente. Ele segurando um espeto e uma breja, do lado dos futuros órfãos. Tudo certo, se não fosse a data da foto: feriado de Corpus Christi. Não-perdoo-gente-que-brinca-com-dia-santo.

Espeto o último camarão. A distância é boa. Polícia longe. Ninguém perto. Bonequinho de pedestre em seus últimos segundos de verde. E agora já vermelho. -todo!

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