27.11.10
“Dos seios de ‘Juliana’ ainda jorram leite”*
Sugado um dia por (talvez) um futuro craque.
Craque?
Mesmo abandonado pela mãe em troca de uma pedra?
Não.
Crack.
Crack?
Também não.
Ela não tinha mais o crack dentro de si.
Apesar de tê-lo nos pensamentos, nos gestos, na tremedeira, na nóia, na mania de andar olhando pra baixo sem jamais ver o sol que agora é só chão, chão, chão, chão, mas cadê, cadê, cadê o crack? Cadê meu crack?
Ela, que exalava crack pelo leite, pelo mijo, pelos poros-poucos-sonhos, por tudo e agora tava sem e sempre precisa e sempre quer mais, mas cadê, cadê, cadê?!
E se prostitue por 10 ou 20 reais e faz seis programas por dia e troca por crack e se troca por crack e apanha do pai do filho e não dorme e sustenta o vício dos outros, mesmo mal podendo com o seu.
Como pode?
Como pode ouvir a pedra falando: “Você não se ajoelha nem para Deus vai se ajoelhar pra mim?”
Que resposta dar pra pedra no meio do caminho?
* A partir de matéria da Eliane Trindade (Folha de S. Paulo de 21.11.2010).
Sugado um dia por (talvez) um futuro craque.
Craque?
Mesmo abandonado pela mãe em troca de uma pedra?
Não.
Crack.
Crack?
Também não.
Ela não tinha mais o crack dentro de si.
Apesar de tê-lo nos pensamentos, nos gestos, na tremedeira, na nóia, na mania de andar olhando pra baixo sem jamais ver o sol que agora é só chão, chão, chão, chão, mas cadê, cadê, cadê o crack? Cadê meu crack?
Ela, que exalava crack pelo leite, pelo mijo, pelos poros-poucos-sonhos, por tudo e agora tava sem e sempre precisa e sempre quer mais, mas cadê, cadê, cadê?!
E se prostitue por 10 ou 20 reais e faz seis programas por dia e troca por crack e se troca por crack e apanha do pai do filho e não dorme e sustenta o vício dos outros, mesmo mal podendo com o seu.
Como pode?
Como pode ouvir a pedra falando: “Você não se ajoelha nem para Deus vai se ajoelhar pra mim?”
Que resposta dar pra pedra no meio do caminho?
* A partir de matéria da Eliane Trindade (Folha de S. Paulo de 21.11.2010).