5.4.11

 

III - Radiação


Tsunamiados na lama, restos do que foi arrastado, estávamos salvos em terra firme (?), salvo outra hecatombe.

Que pela lógica não haveria, pois já tínhamos atingido nossa cota de desgraça (5.127), porque não há tantas catástrofes diferentes assim na Terra (???) e porque ignorávamos o pior.

Invejoso das outras forças matadoras da natureza, o ar que tanto desejamos naquele maremoto de mortes nos contaminou de nós.

Da nossa imprudência, da falta de aprender com o passado e da impaciência de futuro.

Os “50 de Fuku(Hiro)shima”, digo, os agora 44, quase 39 heróis-suicidas de uma tragédia greco-nipônica anunciada, eram proclamados novos Davids lutando com um Golias 3 mil vezes maior que os níveis de razão-radiação normais.

Putos de plutônio, mal ouvíamos o governo falar da situação estar sob controle (estar no inferno é estar sob controle?), diante da população bradando por grãos de arroz nos mercados e com a radiação contaminando (6.256) a pouca água, comida e vida que sobraram.


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