18.5.11
Brincando de devassa
Em cada trago, trago pra mim o estrago do meu eu.
Aquela que era santinha (quem era essa monga mesmo?), que se casou virgem, que não bebia, que não fudia, que não vivia... Ah, ela felizmente morreu.
Sim, senhores, a estagiária dos juniores deixou de sandice e cresceu.
Ué... Não queriam o reverso do meu avesso?
Taí!
Me tornei a que não é nem de si mesma, mas é de todos.
Entornando a saideira da resaideira, vejo, sem hora pra sair, o mundo raiar pela porta fechada do meu bar doce lar.
A que era magrinha e quase não comia agora vive (?) em coma alcoólico no bucólico mundo de lodo do soro.
Não penso no amanhã porque me esqueci do ontem e não faço a mínima ideia de que dia é hoje.
Troquei as balas pelos doces, cracks e craques das baladas que embalam meu antieu.
Tudo isso pra ver se, sendo tão depravada, eu goze, enfim, da re-putação da minha ex-vida privada.