22.6.11

 

Ponha um pouco mais de de-li-ca-de-za


PAH!

Caio colando o rosto e o desgosto no chão, mas até que o concreto tá menos frio do que o olhar que você dirigiu (metralhou) pra (em) mim.

AIHIINN!

Seu chute acerta meu fígado, mas nunca gostei de fígado mesmo e esse sapato que eu lhe dei (bem que o vendedor falou) dói menos do que suas coturnadas.

TIGURF!

Seu cuspe escorre no meu rosto-roxo-pós-soco, entra na minha boca e mata a saudade que eu tava da sua saliva, dos tempos que a sorvia gota a gota, bem diferente dessa aí que você cachoeira espumando de raiva.

TRIMMM!

Antes de cair a aliança faz uma parábola no ar, uma parada na minha mente, uma parábola bíblica na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, na riqueza e na... mas qual, QUAL? riqueza se você roubou até eu mesma de mim?

RECTRUTÁC!

Você abre o tambor, põe a bala, me aponta o revólver e nervosa o dedo no gatilho.

(?)

Se novamente errar, só peço que amanhã, antes de reiniciar a rotina, ponha um pouco, só um pouquinho mais de de-li-ca-de-za.


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