17.8.11

 

UFC no metrô


Nos horários de pico, o metrô de São Paulo galgou um nível tão elevado no transporte de “pessoas” que é difícil de classificá-lo.

Os sadomasoquistas o chamariam, entre uivos de gozo, de paraíso (muitos já estão na estação Paraíso mesmo).

Os antropólogos, de ritual de acasalamento da massa.

Os juristas usariam massa falida, apontando que os réus mal têm espaço de dar ré com o corpo.

Os economistas diriam que a inflação de pessoas gerou um déficit de trens e que o déficit de trens venho da inflação de pessoas.

Os políticos o classificariam de ótimo e que outras “ótimas” estações estão a caminho; a caminho de suas promessas serem esquecidas pela população.

As crianças o chamariam de brincadeira (de muito mau gosto).

Os mágicos, sem sombra de dúvida (nem pras sombras há espaço), que ele é o fim de carreira (sair do fundo do mar acorrentado é fácil; já sair do metrô...).

Mas o melhor termo seria o dos lutadores, que, como o povo, ganham a vida batalhando: Ultimate Fighting Championship.


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