17.11.12

 

VEJA o homem da cabra


Mas não, ele NÃO quer ser visto ou que alguém o veja desse jeito.

Dessa forma.

Deformada, obtusa, abusiva e morta.

Pelos olhos de quem vê no espelho o que renega em si, condena no outro e ordena no seu caos interno e eterno.

Pela ré-tina de ressaca de um bode que se acha humano, se encontra no húmus, se desencontra na ré-vista e cobra dos outros as cabras que comeu.

Pelas buchadas de bílis intestinadas de vontades, parcas de teXtículos e fartas de pré-conceitos.

Pelos retos conceitos tortos de quem descuida de si e hemorróida-se em sangrentos ataques a tudo que seus cornos e cérebro capricornianos não ruminam.

Menos grama a esse ruminante de pensamentos de ruins ruínas.

Menos grana a essa imprensa que prensa e não repensa ideias tão-sem ideais.

E mais grãos de lucidez a essa lúcifer que incinera com o fogo do rabo tudo o que congela seus ardentes desejos.

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