7.9.13
Votos secretos
Entre desejos e dejetos, escorrem secretos decretos que recheiam
esgotos rotos de nos enganar.
Os que nos esganam com suas cálidas gargantas profundas de
silêncio soltam arrotos de ética que se esticam até a linha tênia de barrigas
retoalimentadas pela corrupção.
Vossos atos e desacatos eclodem lavas e lamas com as quais
se livram de presidiárias, reinam nas cadeias do poder e nos barram de nós mesmos,
impedindo de sermos ser e pedindo que sejamos servos de mandatos alheios.
Perdidos entre as PECs e os pecados das Vossas Excelências, proclamamos
passeatas contra as independências vossas e as fossas nossas. E nos deprimimos com
a injustiça que nada vê e tudo revê pelos olhos remelentos da burrocracia e
pelos ouvidos surdos aos berros e erros do povo.
Povoaremos plenos este plenário um dia?
Seremos nação sendo maioria minotária?
Nossos vetos são que vossos protestos de sucesso redundem em
franco fracasso.