31.5.17
Falha estrutural
de caráter II
Começou
com uma poeirinha que caía dos olhos e minava lágrimas secas de concreto, como
se a própria tristeza se recusasse a lavar a porquice que a originara.
Depois
eclodiram as múltiplas rachaduras que permeavam continuamente um lodo esverdeado
para nos lembrar que nossas verdes e imaturas esperanças eram varizes prestes a
explodir em bombas de trombose.
Mesmo
o alicerce, onde depositamos todas as nossas fianças e confianças, tremulava mostrando
que, no país onde tudo acaba em pizza, havíamos criado um monumento à la torre
de Pisa.
Nossa
ode à justiça resplandecia o ódio dos injustiçados.
Anos
de trabalho buscando a perfeição e só conseguimos erigir um concreto armado que
nunca nos amara e, pior, só se armava contra nós.
A
queda seria breve.
Já
a nossa queda, por mais alto que julgávamos ser, só provaria que um povo esculpido
em falsas poses nunca teria posses.
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Ola meu amigo gostaria de lhe dar os parabéns por este grande trabalho, que vai mudar o mundo muito obrigado!!!
Ass: Paulo Tejanos Junior
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Ass: Paulo Tejanos Junior
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